sábado, 3 de novembro de 2012

Messias, Händel, Fundação Gulbenkian, Novembro de 2012


 (G F Händel, imagem wikipedia)

A Fundação Gulbenkian ofereceu-nos a possibilidade de ouvir a oratória Messias, de Georg Friedrich Händel, sobre a chegada, a vida, a morte e a ressurreição de Cristo.
É uma obra de grande beleza musical que, quando bem interpretada, não deixa ninguém indiferente.

Assistimos a mais um bom espectáculo. O Coro Gulbenkian e a Orquestra Gulbenkian foram dirigidos pelo maestro J David Jackson.


Devo realçar a excelente qualidade da prestação do Coro que, mais uma vez, foi o melhor da noite.

Como solistas ouvimos o tenor irlandês Robin Tritschler que não começou bem, mas melhorou. Tem uma voz agradável, embora pequena.

O barítono norueguês Johannes Weisser ofereceu-nos a melhor interpretação de entre os solistas. A voz é poderosa e de grande beleza tímbrica.


O mezzo norte americano Mary Phillips é detentor de uma voz peculiar que gostei. Disse-me uma amiga, no intervalo, que se ouvia mal no local da plateia (A, central) onde estava sentada. Eu estive mais atrás e ouvi-a sempre bem.

O soprano galês Rosemary Joshua foi o elemento menos interessante porque denotou, em todas as suas intervenções, uma tendência para a estridência.

Como nota final devo assinalar que, pelo menos na noite de quinta-feira dia 1, apesar de a sala estar cheia, quase não se ouviram tosses, algo muito invulgar na Gulbenkian, o que permitiu usufruir do espectáculo sem estas sempre irritantes perturbações.

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Messiah, Händel, Gulbenkian Foundation, November 2012

The Gulbenkian Foundation has offered us the chance to hear the oratorio Messiah by Georg Friedrich Händel, about the life, death and resurrection of Christ.
It is a work of great musical beauty that, when properly interpreted, does not leave anyone indifferent.

We heard another good sperformance. The Gulbenkian Choir and Gulbenkian Orchestra were directed by Maestro David J Jackson.

I must highlight the excellent quality of the Choir which, once again, was the best of the night.

As soloists we heard Irish tenor Robin Tritschler. He did not start well, but improved. He has a pleasant voice, though small.

Norwegian baritone Johannes Weisser offered us the best interpretation among the soloists. The voice is powerful and with a marked beautiful timbre.

North American mezzo Mary Phillips has a peculiar voice that I liked. During intermission, a friend told me that she could not hear her well at the place where she was sitting. I was further back and could listen to her always well.

Welsh soprano Rosemary Joshua was the least interesting soloist because, in all her interventions, there was a tendency toward shrillness.

As a final note I should point out that, at least on the night of Thursday the 1st November, although the house was full, we could hardly hear coughs, something very unusual at the Gulbenkian, which allowed us to enjoy the performance without those ever annoying disturbances.

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3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Não tive oportunidade de assistir ao concerto. Quanto ao lugar: eu sou de opinião - pela minha experiência - que, quando o espectáculo inclui canto, se deve subir um pouco na sala. Nas primeiras filas parece que nem sempre chega o som...

    Quanto aos Concertos Tússicos: sou um fã! Há timbre laríngeos, outros brônquicos, uns mais de insuficiência cardíaca, outros mais pneumónicos, outros mais... por aí fora... que são de uma beleza tímbrica que ofuscam (ou antes! calam) a mais extraordinária voz...

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  3. Eu tinha comentado que concordava com o Fanático_Um quase ponto por ponto... Retirei esse comentário quando me apercebi que havia algumas discordâncias em relação às cantoras.
    Mas é certo que quanto aos cantores estamos de acordo, e quanto ao coro ser o melhor da noite, subscrevo.

    A falta das tosses na quinta-feira foi amplamente compensada na sexta mas depois do comentário do Camo_opera vou tentar apreciá-las de outra maneira :-)

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