sábado, 12 de março de 2016

IPHIGÉNIE EN TAURIDE, Teatro Nacional de São Carlos, Março de 2016



Iphigénie en Tauride, opera de C. W. Gluck, esteve em cena no Teatro de São Carlos, numa encenação de Jamers Darrah e com direcção musical de David Peter Bates.

James Darrah transporta a tragédia mitológica grega para um espaço intemporal, num ambiente industrial decadente, dominado ao fundo por um enorme círculo dourado. Os 4 actos decorrem num cenário estático, onde toda a acção é apoiada no desempenho cénico dos cantores solistas, do coro e de 6 figurantes masculinos que ilustram os acontecimentos sucessivos, sobretudo em torno de Iphigénie. O resultado final é interessante mas repetitivo.


(Fotografias de Miguel Manso)




O soprano Alexandra Deshorties foi uma Iphigénie de voz bem audível e boa prestação cénica. Começou no seu melhor, mas ao longo da récita foi perdendo qualidade, sobretudo porque recorreu a uma linha de canto muito gritada, que não beneficiou a interpretação.

Oreste, irmão de Iphigénie, foi superiormente interpretado pelo barítono William Berger. Detentor de uma voz de belo timbre e potência assinalável, foi o melhor da noite. Cenicamente fez o possível.

O tenho Colin Ainsworth foi um Pylade esforçado e de voz pequena.

Com uma interpretação muito agradável o barítono John Moore foi um Thoas malvado e credível, de bela voz e boa presença em palco.

Sónia Alcobaça e Maria Luísa Tavares deram boa nota como Sacerdotisas.




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